Ler o livro O Pequeno Príncipe é sempre um aprendizado, pelo menos do meu ponto de vista.
O livro com certeza é para adultos, no entanto.. cada vez mais me convenço que as crianças é quem deveriam lembrar os adultos de como realmente se deveria viver a vida.
O livro fala sobre um piloto que cai com seu avião no deserto e ali encontra uma criança loura e frágil. Nos dias que passam juntos os dois repensam seus valores e encontram o sentido da vida.
Para quem não sabe esse clássico da literatura universal foi criado há 70 anos.
Muitos já se emocionaram com o livro.
Trata-se da maior obra existencialista do século XX, segundo Martin Heidegger.
É o livro mais traduzido da história, depois do Alcorão e da Bíblia.
Toda vez que o leio me assusto com os adultos, abaixo algumas passagens do livro pelo motivo que tenho essa sensação:
Sabe por que falo desses detalhes do asteróide B612 e lhe revelo o número?
Por causa dos adultos. Adultos adoram números.
Quando vocês contam que têm um novo amigo, eles não ligam para o que é importante. Nunca perguntam: Qual o tom da voz dele? Do que ele gosta de brincar?
Os adultos preferem perguntar: Que idade tem? Quantos irmãos? Quanto pesa? Quanto ganha o pai dele?
As crianças precisam ter muita paciência com os adultos.
- Você sabe, quando se está triste, é bom ver o pôr do sol... Olha dos adultos que conheço, não tenho visto as pessoas querendo ver o pôr do sol, na verdade acho que elas nem lembram o que é isso.
Crianças, não desistem enquanto não ouvem uma resposta satisfatória, já os adultos, inventam uma resposta para se livrar do assunto, tipo: "Coisas sérias!"
Como é misterioso o país das lágrimas! E você, qual foi a última vez que teve remorso de ter feito alguém chorar e se preocupou com o país das lágrimas de alguém?
Engraçado a parte quando ele e a Rosa se conhecem.. e ela pede várias coisas, até que reclama da falta do biombo e ele responde: - Ia buscá-lo, mas você não para de falar!
Eles acabam se afastando... até que ele descobre: Mas eu era ainda muito jovem para amá-la!
Ela também aprende: - Não se pode conhecer as borboletas sem suportar 2 ou 3 lagartas.
Em visitas aos planetas:
O rei queria ser rei independente do número de súditos.
Para o vaidoso todas as pessoas eram suas fãs.
O bêbado bebia para esquecer que era bêbado.
O homem de negócios nunca tinha tempo para nada, quando terminava de contar as estrelas recomeçava e assim por diante.
Quando ele encontra um planeta, com uma pessoa que poderia ser seu amigo, afinal o homem não se ocupava apenas consigo mesmo ele percebe que não seria possível, o planeta era tão pequeno que só cabia uma pessoa.
Como os adultos são estranhos! Refletiu o Pequeno Príncipe durante sua viagem.
Depois de vários planetas, o pequenino visita a Terra.
- Há solidão também quando se está entre as pessoas - filosofou a serpente.
Porém se me cativar, sentiremos necessidade um do outro. Você será o único do mundo para mim e eu serei a única do mundo para você...
- Só se conhece bem o que se cativa - observou a raposa. - As pessoas não tem tempo de cativar nada. Preferem comprar tudo pronto em lojas. Como não existe lojas que vendem amigos... Muitos acabam ferindo quem já está cativado em busca de algo que não é verdadeira sem pensar nas consequências, achando que tudo pode ser comprado num piscar de olhos.
- Vocês são belas, mas sem conteúdo... disse o Pequeno Príncipe para as rosas...
- Eis meu segredo disse a raposa: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos, mas as pessoas esquecem dessa verdade.
Só as crianças sabem o que querem! São capazes de perder tempo cuidando de uma boneca de trapos, e isso é tão importante para elas, que se alguém as tira delas elas sofrem... Elas é que são felizes!
Obrigada querido livro, por uma tarde agradável e me recordar que nós adultos, precisamos reaprender a dar valor as coisas que realmente importam! Até a próxima leitura!