domingo, 15 de março de 2015

Desabafo



Em Abril do ano de 2014, depois de um longo período difícil, tinha descoberto uma coisa que realmente me fazia bem, ler e escrever.
Pensei, depois de velha descobri uma carreira que tem tudo à ver comigo, decidido! Estudarei comunicação para me aprofundar na arte de escrever.
Então, comecei a ler mais, escrever mais pensando em coisas que tinha conhecido, que achava interessante e de certa forma, toda aquela novidade estava me fazendo um bem lascado e me ajudando a lidar melhor com os períodos difíceis que estava passando.
Quando achei que estava “equilibrada “emocionalmente falando em relação ao problema mencionado, vem a vida e me chacoalha de novo e me faz enxergar que mais uma vez eu estava errada, que colocara muita expectativa em uma determinada situação baseada em mentiras e farsas, e normalmente tudo isso acontece, quando esperamos muito de pessoas próximas e queridas.
Aí você aprende que aquela frase: Decepção não mata, ensina a viver. É uma mentira lascada, ela mata sim e como mata, então tem mais sentido a outra frase: Pare de esperar que as pessoas se comportem, como você se comportaria no lugar delas.
Resumindo: Acorda Alice!!!!
E de lá para cá, venho lidando como todo mundo nessa vidas, com dias bons, outros nem tanto, coisas boas, outras nem tanto e por aí vai.
No auge dos meus 40 anos eu tenho muita coisa para aprender, muito mesmo.
Para quem eu realmente confio, dá para contar nos dedos esse número de pessoas, mesmo algumas não morando em São Paulo, eu conto tudo de bom e de ruim.
Muitas vezes, coisas doloridas, são faladas mais vezes, assim vão ficando mais leves com a medida em que o tempo vai passando.
Esta semana vi um texto ótimo, o título era:
É PRECISO IR EMBORA.
Ir embora é importante para que você entenda que você não é tão importante assim, que a vida segue, com ou sem você por perto. Pessoas nascem, morrem, casam, separam e resolvem os problemas que antes você acreditava só você resolver. É chocante e libertador – ninguém precisa de você pra seguir vivendo. Nem sua mãe, nem seu pai, nem seu ex-patrão, nem sua empregada, nem ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma noção bem distorcida da importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre deste mal: ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lide com isso.É preciso ir embora.Ir embora é importante para que você veja que você é muito importante sim! Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não sente menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo! O sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer do seu aniversario, você estando aqui ou na Austrália. Esse papo de “que saudades de você, vamos nos ver uma hora” é politicagem. Quem sente sua falta vai sempre sentir e agir. E não se preocupe, pois o filtro é natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial grupo que vai terminar a frase “Que saudade de você…” com “por isso tô te mandando esse áudio”; ou “porque tá tocando a nossa música” ou “então comprei uma passagem” ou ainda “desce agora que tô passando aí”.Então vá embora. Vá embora do trabalho que te atormenta. Daquela relação que você sabe não vai dar certo. Vá embora “da galera” que está presente quando convém. Vá embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala. Vá embora. Por minutos, por anos ou pra vida. Se ausente, nem que seja pra encontrar com você mesmo. Quanto voltar – e se voltar – vai ver as coisas de outra perspectiva, lá de cima do avião.As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir. Basta você decidir encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas.Por: ANTÔNIA MACCHI, autora do blog Antônia no Divã
Pois bem:
Eu já fui embora várias vezes.
Sempre fiz tudo o que tive vontade ou necessário.
Esse negócio de não tive escolha para mim, definitivamente, não cola.
Sempre! Sempre temos.
E se teve uma coisa que eu nunca fiz, foi ficar com algo guardado na minha garganta, me incomodando como um sapo como tenho ficado de uns anos para cá.
Preciso urgentemente resgatar a Joana de sempre, a Joana que fazia o que achava certo, o que o coração mandava, sabe por que?
Porque eu sei que ninguém é insubstituível, que essa novela de ah.. não faço isso porque fulano ou beltrano dependem de mim ou isso ou aquilo.
Na vida tudo se ajeita, as pessoas sejam elas quem forem acabam se adaptando a qualquer situação, se virando e vivendo, com ou sem você.
Sim eu sempre fiz minhas escolhas, o duro às vezes é lidar com elas, tem coisas que doem e eu preciso, necessito reaprender que tenho que fazer as coisas por mim e não pelos outros.
Alguns acham que sou uma dondoca mimadinha... sinto decepcioná-los, não é verdade.
Posso citar várias vezes em que como no texto, eu FUI EMBORA, sem pestanejar, e quando decidi não o fazer por conta de uma coisa ou outra foi a época mais dolorida da minha vida. Oque dói, é saber nessa confusão toda que muitas pessoas que não tem caráter passam por santas, dizem que tem caráter, no fundo boa parte da sociedade fazem as coisas, pensando em si e o resto que se f...., contanto que não respingue nelas ou fiquem expostas, no fundo, são egoístas e só pensam em si mesmo, por conta disso acham que mentiras, bem levianas por sinal, podem ser simplesmente perdoadas, por conta de ah desculpa eu errei... E quando a pessoa insiste, persiste?
Olha, minha mãe já falava (e olha.. tenho poucas coisas úteis para falar sobre o que aprendi com a minha mãe):
-Depois que inventaram a desculpa, ninguém nunca mais fez nada errado.
- Mentira, tem pernas curtas.
- Toda ação tem uma reação.
Sabe, quando as pessoas julgam que o universo é um mundo coorporativo e trata tudo e todos como se fosse um Gerenciamento de Projeto? Uma reunião de escritório? Onde muitas vezes, mentiras são contadas para empurrar as coisas com a barriga? Pois é assim.
Eu tenho uma coisa muito mas muito engasgada, acho que isso só passará o dia que tiver a oportunidade de ficar com a pessoa frente a frente e falar tudo que tenho vontade. Sabe quando ficou mal resolvida? Então um dia terei a oportunidade de falar tudo o que realmente penso dessa criatura, enquanto esse dia não chega, vai aqui um desabafo.
Não eu DEFINITIVAMENTE, não sou uma pessoa interesseira e leviana, isso combina mais com a criatura, que teve a cara de pau de falar isso a meu respeito. Lógico que não para mim diretamente, e a coragem? A pessoa que finge ser a mais santa das criaturas, mas não vale 5 centavos. Se eu contar ainda em que condições que falou e como, a pessoa procuraria nos sites de busca onde comprar vergonha na cara, iria precisar para justificar tanta calhordice.
Outra coisa, mais pessoas envolvidas no assunto, aprendam desculpar é uma coisa, ter amnésia é outra e bem diferente, tem ferida que pode até cicatrizar, mas ela fica ali exposta, para você lembrar de como não ser mais idiota. Atitudes valem muito mais do que palavras.
Voltando aos pontos de interesse e do texto mencionado acima:
Não julgue às pessoas sem conhecer a história dela (da boca dela), lembra do caso? Se não ouviu ou realmente viu, não passe a diante sem saber se é verdade.
Eu SEMPRE trabalhei, sempre tive minha vida, as pessoas que participam ou não da sua vida se aproximam, se conhecem quando cada um tem a sua vida independente de outras, daí decidem quem fica e quem sai.
Dói, saber que pessoas que são próximas de você que você ama, desrespeitaram você, entram numa nuvem de mentiras que sabem que não são reais, somente para agradar os outros.
Quando eu fui embora...
Eu fui embora da casa da minha mãe, quando era uma menina... pois ela me disse que não poderia ficar mais com ela, que faltava comida e grana em casa. – Não morri.
Eu fui embora da casa do meu pai, pois por mais que se tente, não dá para morar com uma pessoa que você nunca teve um relacionamento, que nunca foi presente. – Não morri
Eu troquei várias vezes de empregos, sempre graças à Deus, para uma oportunidade melhor. Sim fui embora, deu frio na barriga, mas sempre deu certo. Até hoje tenho contato com pessoas da maioria deles. – Não morri.
Eu fui embora, de alguns relacionamentos, quem nunca foi? – Não morri.
Em um deles, morreu em um acidente de moto. Sim eu quase morri, sabe por que? Porque é diferente de uma traição de um término de namoro, simplesmente o destino chega e fala acabou. Daqui para frente você segue sozinha. – Não morri
Sou uma virginiana teimosa, orgulhosa, perfeccionista, trabalhei muito e duro, crio meus dois filhos, nunca faltou nada para eles.
Então mais respeito com meu nome, o dia que você tiver um filho de quase duas décadas criado, você vem falar comigo.
Eu sempre fui embora, para ir atrás do que eu achava que me faria feliz.
Sou uma pessoa de muita sorte, tenho pessoas queridas, filhos lindos e saudáveis.
Sou pessoa de caráter, coisa que essa criatura não tem noção do que a palavra significa.
Já fui embora várias vezes, o texto acima realmente é verdade. Muitas vezes você nem volta, quando volta as perspectivas são outras, às vezes você corta, às vezes ainda incomoda, às vezes fica transparente.
A dor é inevitável, mas sofrer é opcional.

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